sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Afinal...

Sabes Pai...

Afinal os nossos sonhos ...

Que dizer de um mundo que tão bem conhecias...

Afinal Pai, a tua memória é tão só minha, tão só nossa, tão só de quem verdadeiramente te sabia e ouvia e sentia...

Não a vou dignificar Pai, não como sonhava, não como esperavas, não como merecias, mas, que interessa? Não me vão deixar.

Prevalece a imagem, prevalece o poder, prevalece o medo...
De mim nem sei que espere, não sei que serei no dia que o teu nome surgir. Jurar vingança não existe meu Pai, nada vingará a tua enorme presença, apenas nós... poucos ou muitos que interessa, eras um e mil, eras o meu Pai e tudo o resto.

Seja como for... a  tua memoria, para mim, sempre, um herói!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A verdade de tudo!


Chegou Pai!
O quanto ansiavas por isto, talvez também eu, lá no fundo, secretamente. Ansiava pela derradeira verdade! Aquela que nós, utópicos sonhadores, sim Pai, também tu eras um sonhador, achámos que iria desvendar toda a verdade... A verdade pinta-se, de rosa e de negro. A verdade mostra-se e é lida como se quer, de tras para a frente, de cima para baixo, há quem veja além dela, há quem não a veja, a verdade não é soberana, a verdade não prevalece, a verdade é aquela ilusão por que lutamos... em vão!

E agora Pai, fica nas minhas mãos o teu desejo  de desmascarar tudo? Esta palhaçada? Como Pai? Se eu nunca concordei.... se sempre achei que as tuas certezas seriam sempre mascaradas.... Ai Pai! Chegou a acusação! O amigo Dr. Fernando referiu que colaram as acusações, antes em teu nome, a mim... a mim Pai! Lembras-te o quanto discutimos?

Tenho sobre mim uma acusação séria, de crimes sérios... não estás aqui, não está ninguém... Terça feira vou estar em Braga às 9 da manhã, vamos ver... No entanto, os meus meninos sentem a minha falta, no entanto a mamã pede-me que acompanhe a Sandra a uma consulta, no entanto eu tenho pânico de não aguentar tudo isto.

O que tanto ansiavas, a acusação, é o pior que poderíamos imaginar.. e caiu tudo em cima de mim, assim, como se não houvesse vida, apenas sucessão.

Se me puderes ajudar, ajuda-me!

Lutei pelas tuas dividas, por este processo e pela mana, as forças esgotam-se, mas ainda vou continuar, estou zangada Pai. Contigo! Estou a sofrer o que não mereço. Estou a sofrer!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Soubesse eu onde estavas,

Este mundo não teria estradas ou caminhos, nem pontes nem atalhos, eu iria encontrar-te. Só para te ver!

Soubesse eu porque sofrias,

Este mundo não teria regras ou confissões, nem certezas nem dúvidas, eu iria acompanhar-te. Só para que me sentisses ao teu lado.

Soubesse eu os teus delírios,

Arrasaria esta falsa paz e deixava que esta lua, nesta noite, me ditasse uma imagem do teu mundo, tão secreto. Soubesse eu desvendá-lo!

Soubesse eu que me deixavas,

Assim, sem um beijo ou um abraço, eu recuaria anos e anos e pedia uma traquinice, uma viagem daquelas sem rumo sem tino.

Soubesse eu que estaria aqui sozinha,

Teria implorado pela tua presença, sim, enquanto tal me fora permitido. Estarias ali, para mim!

Dizem que amanhã chove, olhei o céu e não te vi, ouvi o vento e nada dizias,

Isto que faço, quando nem sei onde encontro forças, não o faço por mim, acho,

Soubesse eu que me ouvias,

Quereria saber porque me deixaste, porque partiste sozinho, que farias agora, que me dirias.

Soubesse eu o quanto viveste,

Pediria um segundo teu, a tua presença, a tua vida, a tua alegria!
Amo-te !

Soubesse eu onde estavas,

Este mundo não teria estradas ou caminhos, nem pontes nem atalhos, eu iria encontrar-te. Só para te ver!

Soubesse eu porque sofrias,

Este mundo não teria regras ou confissões, nem certezas nem dúvidas, eu iria acompanhar-te. Só para que me sentisses ao teu lado.

Soubesse eu os teus delírios,

Arrasaria esta falsa paz e deixava que esta lua, nesta noite, me ditasse uma imagem do teu mundo, tão secreto. Soubesse eu desvendá-lo!

Soubesse eu que me deixavas,

Assim, sem um beijo ou um abraço, eu recuaria anos e anos e pedia uma traquinice, uma viagem daquelas sem rumo sem tino.

Soubesse eu que estaria aqui sozinha,

Teria implorado pela tua presença, sim, enquanto tal me fora permitido. Estarias ali, para mim!

Dizem que amanhã chove, olhei o céu e não te vi, ouvi o vento e nada dizias,

Isto que faço, quando nem sei onde encontro forças, não o faço por mim, acho,

Soubesse eu que me ouvias,

Quereria saber porque me deixaste, porque partiste sozinho, que farias agora, que me dirias.

Soubesse eu o quanto viveste,

Pediria um segundo teu, a tua presença, a tua vida, a tua alegria!
Amo-te Pai!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Meu aniversário

Só agora, no final dia eu me apercebi, somos seres brilhantes, há algo em nós que nos quer ajudar, bastava entender...

Passei este meu dia, diferente dos outros meus dias, achei que este ano eu não me sentia aniversariante, disse-o várias vezes... - Não, hoje não faço anos!

Hoje fiz mais uma viagem, desta vez com a maravilhosa companhia da minha mais que tudo, a tua Marianinha. Foi bom, a companhia faz falta... O Alentejo está dourado, quente, abafado. Está lindo!

O dia está a terminar e eu percebi.... Percebi que a cada hora deste dia eu pensei que ainda não me tinhas ligado. Percebi que sempre fizeste uma festa no meu aniversário, mesmo quando eu não queria, percebi que hoje não tive a tua festa! Percebi que devia ter-te perguntado o porquê desta necessidade de festa, nunca o fiz e agora queria tanto as tuas festas!
Meu Pai... meu amigo, meu heroi, um brinde a ti e ao meu aniversário!

Tenho tantas saudades!