sábado, 29 de setembro de 2018

O luto

Com o tempo, o que era dilacerante, dá espaço ao sentimento de falta acompanhado de lembranças carinhosas de quem se foi. Às vezes há até um sorriso! Mas muitas vezes há o terrível pânico de perceber, de repente, que já não está cá!

A saudade é um sentimento volátil, pode ser amena, pode ser dilacerante, não pela imensidão do sentimento, mas simplesmente pelo momento, uma música, uma palavra, um olhar ... e saudade transforma-se.

Mas no fundo, a perda é sempre dilacerante. Viver assim é um desafio, para que não deixemos contaminar a nossa dor à vida que tem que continuar, mesmo que por vezes se odeie esse continuar da vida quando ela para nós simplesmente desapareceu. Há que continuar. Muitas vezes sem saber como!