sexta-feira, 13 de maio de 2016

Acreditar...

Pai...

Tenho sentido uma saudade tão grande, acho que a culpa ainda não passou! Cá dentro da minha alma eu sei o que me dirias...

Tudo se vai resolver... Posso convidar a minha filha para comer umas sardinhas?

No meio desta amalgama de dor e angustia e cansaço e saudade, sinto em pequeninos relances, em imagens, em vozes, uma ligação que nunca antes tinha percebido.

Como neste mar... Vejo-o de outra perspectiva, tenho sentido constantemente em cada pormenor desta vida essa perspectiva tão certa, tão tua! Nunca falamos assim... queria tanto Pai! Já me assustei com pensamentos meus que vi em ti, já tive medo de ser tão tu.

Queria que me dissesses se valeu a pena, o que terias mudado, ligada assim fico bem Pai? Ou vou quebrar, no meio deste mundo tão absurdo onde este mar é apenas um mar e não a imensidão de dor que vejo porque quero, porque poderia ver paz, se o quisesse, tu querias e vias... mas então, o que raio te quebrou Pai? Não resulta esta perspectiva? Apenas enebria a alma? Ès imenso e eu estou cansada... estavas cansado Pai?

Amanhã a querida Marta faz anos... vou lá... combater o cansaço e a vida real, vou a sorrir... amo.te Pai, fica comigo por favor!

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