sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Ser

Ser
Sou
Sou

Deitei-me e como sempre o sono não vem!
Vi-te no escuro!
Quero ver... talvez seja isso!
Li o que escreveste, aqueles envelopes selados... li tudo e aguardo pela coragem de ler tudo novamente.

Não a podes levar.
Não podes.

Eu sei... mas não a leves, não a prives... mesmo que o futuro seja negro. Pára de decidir... onde estas Pai?

Dizem que há paz.
Tu??? em paz? como?

Não a podes levar.
Não podes.

Onde estas Pai? Onde a queres? e nós? ficamos? como? aqui?

Não a podes levar.
Não podes.
Eu sei Pai, eu sei.. eu agora sei, mas agora há mais, há muito mais.

Não a leves de mim, de nós, daquela menina linda de olho azul que anseia paz. Não faças o que tão bem sempre fizeste. Pai... Deixa-a comigo. Confia!

Mesmo que me engane, tentei. Merecemos Pai, como também merecias, aquela menina de olho azul... deixa-a ter mãe.

Sempre crescemos, sempre aprendemos, desculpa se demorei tanto...

Pai... quero paz para ti, não sei bem o que isso é, ...

Quero o sol e a lua e o céu enebriado de tudo. Quero o gelo nos vidros e o vento nas janelas quero o medo calado por uma canção de embalar... quero demais não quero?

Não sei onde estás... mas sei que não a podes levar contigo, não sejam egoístas, há quem precise... Os olhos azuis... cheios de sonhos,

Não a leves de mim.

Amo-te Pai

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